
Ocorreu nesta tarde, no Plenário da Câmara Municipal de Goiânia, uma Sessão Especial Virtual, de autoria do Vereador e Presidente da Comissão dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Homenagem ao Dia das Mães, e em Especial às Mães de filhos com Deficiência ou Mobilidade Reduzida. Contou com a presença e a participação especial das mães de filhos com deficiência ou mães com deficiência, destacando entre as mães presentes, a Dra. Tatiana Takeda, a Sra. Maria Clara Carvalho Presidente da ADFEGO, Sra. Maria Clara, Sra. Nubia Melo, Dra. Maíra Tomo, Sra. Fátima Balbino, que neste ato representou a memória da saudosa Presidente da Associação de Mulheres Surdas e Deficientes Auditivas de Goiás – AMDSGO, Sra. Vera Balbino, que faleceu recentemente vítima da COVID-19. Participaram presencialmente, também, a Dra. Ana Flávia e a esposa do Vereador, Sra. Marcia Faleiro.
A Cerimônia iniciou-se às 17 horas, e contou com a presença virtual de mais de 110 mães homenageadas de diversos segmentos de pessoas com deficiência e instituições do município de Goiânia e região Metropolitana, ao qual, o Vereador Willian Veloso, que é cadeirante, em seu discurso, destacou a importância deste tipo de evento, mesmo em meio a uma pandemia e que toda a sociedade unida é bem mais forte do que os problemas que todos neste momento estão enfrentando. Lembrou também que as mães atuam na sociedade em múltiplas funções, sendo mãe, esposa, dona de casa, profissionais liberais e ainda conseguem tempo para serem militantes na causa. O vereador destacou ainda que tem compromisso com a causa e agradeceu a oportunidade de ter sido conduzido a representá-las neste parlamento municipal. E, que manterá o mote “Nada Sobre Nós, Sem Nós” para que todos saibam e ouçam das pessoas com deficiência quais são suas reais necessidades. E onde houver tratativa sobre as pessoas com deficiência, que haja representante do segmento.
Dando prosseguimento a cerimônia, o Vereador Presidente da Sessão Especial Willian Veloso, passou a palavra a oradora representante de todas as mães homenageadas, a Dra. Tatiana Takeda. Que iniciou suas palavras destacando que “nossos direitos não vêm de graça e temos que lutar e ir atrás”. Fez um breve retrospecto histórico dos direitos da pessoa com deficiência ao longo da história, e que esses direitos ganharam destaque em 2008 através da Convenção Sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência, que foi inserido na Constituição Federal por se tratar de um Tratado Internacional ganhando status de Emenda Constitucional, mas que somente após a promulgação, e sanção da Lei Brasileira de Inclusão em 2015 é que estes direitos passaram a ser percebidos e avançaram perante a sociedade, ganhando espaço dentre as políticas públicas implantadas pela maioria dos governantes, consolidando efetivamente estes direitos. Lembrou a todos os presentes e às mais de 100 mães que estavam presentes virtualmente através da plataforma zoom, que este é o século “da afetividade e sensibilização”. Destacou que desde o SENSO IBGE 2010, mais de 24% da população possui alguma deficiência, aos quais sejam elas física, auditiva, visual, intelectual ou múltiplas deficiências. E, que cada uma destas deficiências enfrentam em suas peculiaridades as mazelas do desrespeito, sendo a falta de acessibilidade para os cadeirantes e aos cegos que não tem como trafegar nas calçadas de nossas cidades; que as pessoas com deficiência auditiva necessitam da segunda língua nas escolas que é a LIBRAS e que as pessoas com deficiência intelectual e os autistas são “inclusos” de maneira fantasiosa, destacando os inúmeros desrespeitos, a legislação e para finalizar, fez questão de frisar que “as mães não são guerreiras como muitos poetas as definem mas, sobreviventes de uma guerra pela inclusão”. Agradeceu a todos e a seu filho Teo Luis por mostrar que não é só os seus direitos, mas sim o de todos para que, no dia que não estiver mais aqui, possa ter a certeza de que os direitos estarão sendo respeitados.
O Vereador Presidente da Comissão dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Willian Veloso se comprometeu que, cerimonias desta magnitude precisam ser realizadas para reconhecer àquelas que se destacam por seu espírito de luta e garra na luta pelos direitos da pessoa com deficiência.